A partir da aptidão de cada um, eles são treinados e direcionados para cada tipo de situação: busca de drogas, explosivos e de pessoas.
A vida dele é trabalho.” É desta forma que os policiais do 5º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) — Canil definem a rotina do Kazan, um cão policial que está há quatro anos na Polícia Militar de São Paulo.
Nos treinamentos, a agilidade do cachorro chama a atenção de todos. O comportamento durante as atividades indica que o animal está preparado para qualquer situação. O faro e a execução de proteção são as características marcantes dele, que tem como condutor o sargento Paulo André Barbosa.
O que mais define a destreza do Kazan, um Pastor Belga-Malinois, é a qualidade genética.
O animal nasceu na Holanda e recebeu um pré-treinamento na Suíça antes de chegar ao Brasil.
Ele foi selecionado a partir da linha genética que carrega uma alta performance, inteligência e agilidade. Além disso, responde rapidamente aos comandos do condutor.
“A linha genética é importante para termos o acompanhamento de uma certa raça de animais que se dispõe a fazer um trabalho. Dentro ainda dessa raça, a gente seleciona indivíduos que têm aptidão para fazer o trabalho policial, seja ele o cão de proteção, de busca de drogas, pessoas ou explosivos”, explica o sargento que conduz diariamente o Kazan.
O animal é especialista em busca de explosivos. O faro apurado permite que ele localize detonadores e outros materiais bélicos em locais onde o olhar humano não consegue detectar.
Em São Paulo, o Kazan é acionado, principalmente, em varreduras em locais suspeitos ou que vão receber autoridades.
O Canil da PM paulista possui cerca de 290 animais em todo o Estado de São Paulo. A maior parte está na capital, a serviço do BPChq. A partir da aptidão de cada cão, eles são treinados e direcionados para cada tipo de situação: busca de drogas, explosivos e de pessoas.
Só neste ano, os cães policiais localizaram, até julho, pouco mais de 2 toneladas de drogas e cinco armas ilegais. Foram realizadas 38 varreduras de explosivos e 26 pessoas foram encontradas.
Como funciona a seleção de cães policiais?
O Gabinete de Treinamento seleciona as características dos animais durante a fase de adaptação. Por meio da preparação, os policiais identificam o comportamento do cão. É avaliado se ele é ativo, brincalhão, o gosto pela caça, se consegue se adaptar às mudanças de ambiente, entre outras coisas. Esse trabalho leva até dois anos, e só depois disso, os cães são liberados para o serviço.
“Por volta do nono mês a gente consegue ter esses direcionamentos”, indica o cabo José Thiago de Oliveira, do Departamento de Cães Policiais.
“São vários tipos de treinamentos para identificar o interesse do cão. Aí, a partir de 12 meses de vida, conseguimos fazer um trabalho mais direcionado.”
Recentemente, o BPChq adquiriu nove cães, sendo seis nascidos na República Tcheca, que estão em processo de treinamento para serem incorporados ao serviço policial. Os animais são das raças Pastor Alemão, Holandês e Belga Malinois.
A compra é uma das portas para reforçar o efetivo de animais, mas há outras duas possibilidades, como a doação e a própria produção de animais na maternidade mantida pelo Canil a partir do selecionamento genético.
Maximus, o cão diferenciado
A cabo Ana Paula Jankauskas não esconde a admiração que tem pelo Maximus, um Labrador Retriever, de seis anos. A policial é a condutora desde que ele chegou ao Canil, em 2017, por meio de uma doação.
Ele tem uma rotina agitada e agenda cheia. Diariamente, Maximus tem atividade física, com 20 minutos de corrida, e ainda pratica natação. Mas tudo isso tem um motivo bem específico.
O cão tem uma pré-disposição para engordar por causa da genética. Ele chegou a pesar 38 quilos, o que, para a saúde do animal, era prejudicial no desenvolvimento do serviço policial. Com a rotina de treinamentos e uma dieta balanceada, hoje, Maximus está com 30 quilos.
Durante a carreira, o cão se especializou em varredura antibomba devido ao faro apurado para explosivos. O treinamento para a detecção de armamento bélico é diário, faz parte da rotina dele, até a aposentadoria do serviço policial — o que não está muito longe. Quando isso acontecer, a condutora dele já avisou que irá adotá-lo e o levará para casa.
(…do Vale)
Para cuidar de todos os cães policiais, o Canil conta com uma estrutura de atendimento veterinário. São sete médicos e 18 auxiliares que se revezam nas consultas preventivas, avaliações e emergências. O centro dá apoio para os 28 Canis da PM espalhados pelo Estado — periodicamente os veterinários se deslocam para outras regiões.
A vida dele é trabalho.” É desta forma que os policiais do 5º Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) — Canil definem a rotina do Kazan, um cão policial que está há quatro anos na Polícia Militar de São Paulo.
Nos treinamentos, a agilidade do cachorro chama a atenção de todos. O comportamento durante as atividades indica que o animal está preparado para qualquer situação. O faro e a execução de proteção são as características marcantes dele, que tem como condutor o sargento Paulo André Barbosa.
O que mais define a destreza do Kazan, um Pastor Belga-Malinois, é a qualidade genética.
O animal nasceu na Holanda e recebeu um pré-treinamento na Suíça antes de chegar ao Brasil.
Ele foi selecionado a partir da linha genética que carrega uma alta performance, inteligência e agilidade. Além disso, responde rapidamente aos comandos do condutor.
“A linha genética é importante para termos o acompanhamento de uma certa raça de animais que se dispõe a fazer um trabalho. Dentro ainda dessa raça, a gente seleciona indivíduos que têm aptidão para fazer o trabalho policial, seja ele o cão de proteção, de busca de drogas, pessoas ou explosivos”, explica o sargento que conduz diariamente o Kazan.
O animal é especialista em busca de explosivos. O faro apurado permite que ele localize detonadores e outros materiais bélicos em locais onde o olhar humano não consegue detectar.
Em São Paulo, o Kazan é acionado, principalmente, em varreduras em locais suspeitos ou que vão receber autoridades.
O Canil da PM paulista possui cerca de 290 animais em todo o Estado de São Paulo. A maior parte está na capital, a serviço do BPChq. A partir da aptidão de cada cão, eles são treinados e direcionados para cada tipo de situação: busca de drogas, explosivos e de pessoas.
Só neste ano, os cães policiais localizaram, até julho, pouco mais de 2 toneladas de drogas e cinco armas ilegais. Foram realizadas 38 varreduras de explosivos e 26 pessoas foram encontradas.
Como funciona a seleção de cães policiais?
O Gabinete de Treinamento seleciona as características dos animais durante a fase de adaptação. Por meio da preparação, os policiais identificam o comportamento do cão. É avaliado se ele é ativo, brincalhão, o gosto pela caça, se consegue se adaptar às mudanças de ambiente, entre outras coisas. Esse trabalho leva até dois anos, e só depois disso, os cães são liberados para o serviço.
“Por volta do nono mês a gente consegue ter esses direcionamentos”, indica o cabo José Thiago de Oliveira, do Departamento de Cães Policiais.
“São vários tipos de treinamentos para identificar o interesse do cão. Aí, a partir de 12 meses de vida, conseguimos fazer um trabalho mais direcionado.”
Recentemente, o BPChq adquiriu nove cães, sendo seis nascidos na República Tcheca, que estão em processo de treinamento para serem incorporados ao serviço policial. Os animais são das raças Pastor Alemão, Holandês e Belga Malinois.
A compra é uma das portas para reforçar o efetivo de animais, mas há outras duas possibilidades, como a doação e a própria produção de animais na maternidade mantida pelo Canil a partir do selecionamento genético.
Maximus, o cão diferenciado
A cabo Ana Paula Jankauskas não esconde a admiração que tem pelo Maximus, um Labrador Retriever, de seis anos. A policial é a condutora desde que ele chegou ao Canil, em 2017, por meio de uma doação.
Ele tem uma rotina agitada e agenda cheia. Diariamente, Maximus tem atividade física, com 20 minutos de corrida, e ainda pratica natação. Mas tudo isso tem um motivo bem específico.
O cão tem uma pré-disposição para engordar por causa da genética. Ele chegou a pesar 38 quilos, o que, para a saúde do animal, era prejudicial no desenvolvimento do serviço policial. Com a rotina de treinamentos e uma dieta balanceada, hoje, Maximus está com 30 quilos.
Durante a carreira, o cão se especializou em varredura antibomba devido ao faro apurado para explosivos. O treinamento para a detecção de armamento bélico é diário, faz parte da rotina dele, até a aposentadoria do serviço policial — o que não está muito longe. Quando isso acontecer, a condutora dele já avisou que irá adotá-lo e o levará para casa.
(…do Vale)
Para cuidar de todos os cães policiais, o Canil conta com uma estrutura de atendimento veterinário. São sete médicos e 18 auxiliares que se revezam nas consultas preventivas, avaliações e emergências. O centro dá apoio para os 28 Canis da PM espalhados pelo Estado — periodicamente os veterinários se deslocam para outras regiões.